terça-feira, 22 de junho de 2021

Projeto Chegando!!!!

Olá Pessoal! Estamos Aqui para Anunciar que em Breve será Lançado uma Novidade! 
Postagem Curtinha, só pra anunciar que no dia 07 de Julho de 2021 Lançaremos o Nosso novo Projeto, Estamos Trabalhando nesse projeto desde do Final de Outubro de 2020, um projeto longo que será Responsável pelas Bases Importantes dos Nossos Projetos!



sábado, 19 de junho de 2021

#Memória Antiga Ponte sobre as Comportas da Barragem!

Completamente abandonada há vários anos, a velha ponte sobre as comportas da Barragem de Poço Branco representa uma imagem da infância e adolescência de muitos poço-branquenses. A velha ponte, como tantos outros monumentos da história do município, segue esquecida no tempo...

Texto de Daniel Targino Para o Blog de Poço Branco http://blogdepocobranco.blogspot.com.br/



Poço Branco (RN): Homenagens: Maria de Lourdes Araújo "Dona Mariquinha de Seu Manoel Lucas"

 #Homenagens

Tia Mariquinha

Maria de Lourdes Araújo, mais conhecida na cidade como Mariquinha de Manoel Lucas ou Tia Mariquinha. Foi uma oportunidade de lembrar, homenagear e rezar pelo 1º ano do seu desapareceimento. Foram muitas as manifestações de saudade pela partida de uma das mais carismáticas poçobranquenses, também carinhosamente conhecida como “Mariquinha Taboca” (apelido herdado do tempo em que morava na cidade antiga de Poço Branco).

Por mais de 60 anos foi casada com o pecuarista Manoel Lucas de Araújo (in memorian) com quem criou Renato, Roberto, Zelma, Raimundo, Dilma, Ronaldo, Dalva, Reinaldo, Andréia, Mano, Antônio e Didi. Mariquinha Taboca deixou um legado de mãe, de avó, de bisavó e uma história de vida que misturou simplicidade, responsabilidade, amizade e amor ao próximo. Ainda deixa saudades em todos os poçobranquenses que tiveram o prazer de conhecê-la. Em especial, deixou um enorme vazio no seu querido Grupo Apostolado da Oração, da Igreja do Sagrado Coração de Jesus – a quem dedicou boa parte de sua existência.

Aqui deixamos Registrado a Memoria de quem Ajudou a Construir uma Poço Branco que Pensa no Futuro sem Esquecer de suas Raizes!!!

Texto Adaptado do Espaço Blog de Poço Branco RN Por Daniel Targino no Zip.net (http://drtargino.zip.net - Espaço Desativado.)

Poço Branco (RN): Figuras da Nossa Terra: Chambão

 #Figuras_de_Poço_Branco_RN

A Nossa Pequena Grande Criança que com a sua Simplicidade sabe Chegar até Nós, e sempre nós Faz Feliz.

Chambão Também é Cultura!

2 + 2 = 6!


Poço Branco (RN): Homenagens: José de Freitas Sobrinho "Zé de Freitas"

 #Homenagens

O Nosso Eterno José de Freitas Sobrinho (ou Melhor Zé de Freitas)

Na Quinta Feira, dia 13 de Maio de 2010, Faleceu aos 74 anos, em Natal, o professor de Matemática, representante da antiga loja A Sertaneja, funcionário aposentado do DNOCS e ex-vereador de Poço Branco, José de Freitas Sobrinho – o Zé de Freitas (foto ao lado). Nascido no beiço do Rio Ceará Mirim, Zé de Freitas viu sua terra passar de um simples povoado a um importante município da região. Participou da fundação da Escola José Francisco Filho e presenciou, como poucos, a obra que viria a transformar a região de Poço Branco Velho em uma comunidade habitada e procurada por viajantes e nômades que fugiam das secas do sertão potiguar.

Em meio aos banhos de poços e cachoeiras, em Poço Branco Velho, Zé de Freitas “de menino se fez homem” e criou seus dois filhos, Dudé e Rosângela, ao lado da sua querida Rosinha. Foi a construção e a conservação da Barragem José Batista do Rego Pereira o “ganha pão” de Zé de Freitas por muitos anos, além de lhe servir como fonte inspiradora para suas canções e poemas anônimos. Fiel escudeiro do saudoso Dedé Mateus (e de muitos outros), Zé de Freitas também ficou conhecido como “Zé das Véias”, em analogia ao seu trabalho de ajuda que desenvolveu junto a inúmeros idosos poçobranquenses.

Cidadão sempre atuante na comunidade, ele sempre relutou em entrar para a vida política poçobranquense. No principio, preferiu acompanhar a cena apenas de longe – ajudando a um amigo ou outro. Zé de Freitas só aceitou o seu primeiro desafio político em 1996. Naquela ocasião, ele obteve 229 votos, pelo PMDB. Em 2000, ele se elegeu, pelo PPB, como o mais votado da cidade, atingindo 418 votos. Em 2004, já apresentando os primeiros sinais de fragilidade em sua saúde, Zé de Freitas obteve, pelo PTB, 192 votos e ficou como suplente de vereador.

Desde então, Zé de Freitas se dedicou a assuntos particulares e andou, por certo tempo, afastado da convivência social de Poço Branco. Em 2008, ele participou da coordenação da campanha de Mauricio Menezes e Nilse Cavalcante e teve a sua última alegria político partidária. Zé de Freitas foi um ser humano como qualquer outro: com fraquezas, erros e acertos, mas foi um homem com uma trajetória de vida importante para sua cidade. Por isso, a comunidade de Poço Branco deixa esta última homenagem ao Nosso Eterno Guerreiro Zé de Freitas.

Texto Adaptado do Espaço Blog de Poço Branco RN Por Daniel Targino no Zip.net

Poço Branco (RN): Figuras da Nossa Terra: Adeison Salsicha "Salsicha dos Bolos"

Muitas vezes só publicamos uma foto em um meio de comunicação quando a pessoa morre, comete um crime ou faz algo que não agrade. Gosto sempre de publicar aqui fotos de pessoas humildes mas de um coração bom e sem maldade. É assim o nosso amigo Salsicha, uma figura de um grande coração e um menino do bem.

Foto do Nosso Amigo Williams Rocha

Blog: http://williams-rocha.blogspot.com.br

Poço Branco (RN): Gente da Nossa Terra: José Francisco de Souza

 JOSÉ FRANCISCO DE SOUZA

José Francisco de Souza (foto), conhecido como Zé Igapó, nasceu em 22 de março de 1922 na cidade de Campina Grande, Paraíba. Filho de Antônio Francisco de Souza e Sebastiana Alves dos Santos, já os sete anos de idade veio residir em Extremoz/RN. Seus pais fizeram o seu registro de nascimento na cidade de Ceará Mirim. Em 1941, foi incorporado ao Exército Brasileiro e foi servir no 16º RI até o ano de 1945.

O dia 17/01/1942 teve uma grande importância na vida de Zé Igapó, pois foi a data em que conheceu sua “querida” Joaquina Cacheado de Souza, Dona Quininha. Nove meses depois, Zé Igapó e Dona Quininha oficializaram seu noivado e se preparavam para casar quando uma noticia inesperada poderia ter dado um destino diferente aos dois: Zé Igapó foi convocado pelo governo brasileiro a embarcar para a guerra, no Navio Santarém, ancorado no Rio de Janeiro-RJ.

Sua noiva e familiares ficaram “num mar de lágrimas” e preocupação com a possível ida de Zé Igapó para a Europa. Na época, não existia nem mesmo um telefone para que Zé Igapó avisasse aos familiares que havia sido dispensado da guerra, embora fosse continuar servindo em solo brasileiro em regime de prontidão. Em 10/11/1945, Zé Igapó se licenciou do exército e voltou a sua terra para se dedicar a realizar o seu casamento com Dona Quininha. A união conjugal dos dois ocorreu a 06/01/1946 e dela nasceram dez filhos.

Após o seu casamento, Zé Igapó veio morar em Natal, no bairro de Igapó. Daí surgiu o pseudônimo que o acompanhou por toda sua vida. Daí por diante, praticamente todos os fins-de-semana, Zé Igapó vinha a Poço Branco e, nas férias, passava mais de trinta dias por lá. A vocação para servir começou quando alguns jovens passaram a frequentar sua casa, em Natal, para poder estudar. Daí, Zé Igapó começou a abrir as portas de sua casa também para pessoas mais humildes que precisavam fazer tratamento médico na capital. Esses primeiros passos certamente colocaram Zé Igapó na vida pública de Poço Branco.

Enquanto Poço Branco pertencia a Taipu, Zé Igapó foi eleito por três vezes como vereador do grande município sempre com grandes votações. Mesmo enfrentando muita polêmica e discriminações dentro do próprio povoado, Zé Igapó conseguiu desmembrar, parte do que é hoje Poço Branco, para fazer parte de Bento Fernandes, em um acordo com o então prefeito Lídio Fernandes. Mas a luta para tornar Poço Branco uma cidade emancipada continuou por mais alguns anos. Naquela época, Zé Igapó conseguiu o inédito direito de implantar um abono família para aquelas com mais de quatro membros, em convênio com a LBA. Enfrentar tantos abismos e perseguições políticas expôs Zé Igapó e sua família a situações de dificuldades financeiras nos anos em que enfrentava, praticamente sozinho, os políticos fortes do estado e os adversários de sua região - situações particulares que, normalmente, a história não conta...

Até chegar o “Dia D” (26/07/1963), a luta de Zé Igapó por Poço Branco continuou com seu trabalho de registrar pessoas e realizar diversos casamentos para que fosse possível se criar a comarca de Poço Branco. Outro plano de Zé Igapó foi a criação de diversas escolas isoladas e a qualificação de pessoas da comunidade como professores. As mais importantes foram as escolas de Poço Branco, Lagoa do Serrote e Lagoa do Cravo. A qualificação dos professores foi feita em Natal, em dois importantes centros formadores pedagógicos: Externato Saturnino e Escola Ary Parreira (da Marinha do Brasil). Zé Igapó fazia questão de ajudar financeiramente a muito deles.

Entre os anos de 61 e 64, Zé Igapó travou outra luta para desmembrar parte de Poço Branco de Bento Fernandes e a outra parte de Taipu. Foi outra tarefa difícil e cheia de opositores, pois as populações dos dois municípios (e seus políticos) eram contrárias as idéias emancipacionistas de Zé igapó. Com a criação de várias escolas e do Cartório Único faltava a Zé Igapó mais prestígio junto ao Tribunal de Justiça do RN e ao Governo do Estado. O governador à época era o Sr. Aluízio Alves que apoiava o prefeito Vicente Cruz, de Taipu. Ambos eram contrários a emancipação de Poço Branco que somente ocorreu porque foi assinada pelo governador em exercício, Roberto Pereira Varela, na ausência do governador, Aluizio Alves, em viagem ao exterior, e do vice-governador, Monsenhor Walfredo Gurgel.

Mesmo quando Poço Branco foi emancipado, em 1963, alguns setores da política da região atribuíram o feito aos prefeitos de Taipu e de Bento Fernandes, afirmando que ambos teriam concordado com a emancipação de Poço Branco (naquele ano, outros 37 municípios do RN foram criados). Em 1965, o Dr. Valban de Farias foi eleito prefeito da cidade e o candidato de Zé Igapó (Ivan Cardoso) perdeu a eleição porque o Dr. Valban foi apoiado por Taipu, Bento Fernandes e pelo então governador do estado, Monsenhor Walfredo Gurgel. Quatro anos depois (1969), Zé Igapó foi eleito vice-prefeito de Poço Branco, já emancipado, juntamente com ao Sr. Ivan Cardoso para um mandato de 4 anos.

Em 1972, Zé Igapó perdeu as eleições para Joãozinho Cruz basicamente pelos mesmos motivos de anos anteriores: dissidências e desentendimentos políticos locais. Em 1976, ele se elegeu prefeito de Poço Branco para um mandato de seis anos. Neste período, conseguiu importantes conquistas para a cidade. Trouxe uma escola de 2º grau (José Francisco), a TELERN, CAERN, COSERN, CORREIOS e o Projeto Casulo (um pioneiro projeto de educação infantil). Construiu a Escola Maria de Lourdes Costa e um Posto de Saúde, em Contador, e as Escolas Isoladas dos Baixos e Samambaia. Zé Igapó reformou e ampliou o cemitério de Contador, reformou e reconstruiu casas residenciais, pertencentes à prefeitura, para reativar ou implantar escolas municipais. Ele também trouxe os primeiros médicos para residirem em Poço Branco, pois, antes, todos moravam fora da cidade.

Sua luta por Poço Branco trouxe empregos públicos para dezenas de poçobranquenses - até hoje, imagino, gratos por seus serviços. Sua residência na capital do estado era frequentada por muitos conterrâneos que não tinham como fazer um tratamento de saúde digno na sua cidade ou região. Sabe-se que as condições de transporte e das estradas eram precárias e muito diferentes das atuais. Por isso, era comum alguns passarem várias semanas em seu domicílio.

Com o fim de seu mandato, em 1982, e com seu deficitário estado de saúde, Zé Igapó voltou a morar na capital do estado, mas jamais deixou de frequentar a “sua querida Poço Branco”. Em 21/09/1983 ele viajou a capital paulista para realizar exames e se submeter a uma cirurgia cardíaca, muito complicada para as condições médicas da época. Em um dos poucos momentos de sua vida Zé Igapó não teve forças para lutar e veio a falecer naquela data. A seu pedido, foi sepultado na cidade que adotou como sua em 23/09/1983.

“Como criança, não lembro de tanta comoção pela morte de uma pessoa. Também ainda não havia visto o meu pai, Manoel Targino, chorar como naquele dia - juntamente com tantos outros amigos de Zé Igapó. Isso me deixou profundamente triste e, a partir daquela data, despertou-me o desejo de conhecer a história de Zé Igapó. Tive o privilégio de escoltar, como escoteiro, o caixão daquele ilustre (e ao mesmo tempo polêmico e injustiçado) poçobranquense até o cemitério público de Poço Branco, onde, hoje, ele descansa ao lado dos seus. Talvez Zé Igapó tivesse outra "face" que não conheci em minhas pesquisas e entrevistas por Poço Branco. Sou fã de Zé Igapó e sei que homens que dão a sua vida, a sua saúde, a sua intimidade, o seu lazer, a sua família (e outras coisas mais) por um ideal são raros. Tanto são que, acredito, não existem mais... Zé Igapó e seu jeito “agridoce” (agressivo + doce) infelizmente não 'fizeram escola' em Poço Branco, pois há tantos anos esforço-me para encontrar semelhanças suas em homens públicos daquela terra. Sinto que Poço Branco perdeu Zé Igapó e não recuperou alguém parecido. Não pelas vitórias ou derrotas políticas que sofreu, mas pela gana que tinha por conquistar seus objetivos. Ainda não vislumbrei nada parecido até então. Infelizmente”.